POR UM INSTANTE



Céu noturno e as iluminadas sombras estrelares,

Energias cósmicas a banhar os viventes.

Infinitos seres em meio

às inúmeras constelações.

Nave errante a vagar pelas trilhas do tempo.

Pulsa um coração, sangue morno

banha os litorais do corpo.

São células a se misturar

com prismáticas emoções.

Pensamentos difusos

a se fingirem de poeira cósmica,

De modo que dúvidas

harmonizam-se com conclusões.

Insana é a tentativa de racionalizar o impalpável,

Mas o impulso de buscar uma explicação é vivo.

Muitos são os iludidos da matemática,

outros da lógica,

Mas qual verdade

não haverá de ser relativa?

E então retomar o olhar vadio,

Deixar os porquês abandonados,

Elevar-se no prazer de estar vivo,

Iludindo-se com asas de viajante cigano.

E então as galáxias estarão mais próximas,

O céu estará menos distante dos olhos,

E com o coração leve, o cérebro vazio,

Um sorriso brotará em sinal de felicidade

Gilberto Brandão Marcon
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